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Era 1994 quando um grupo de produtores de leite, e busca de uma solução para resolver o problema de comercialização do seu produto (Não estavam recebendo regularmente do Governo), resolveram unir forçar para fundar uma cooperativa. O projeto foi concretizado em 20 de outubro de 1946, data em que a Cooperativa Regional de Produtores Rurais de Sete Lagoas, a Coopersete, foi formalizada. O produtor rural Rubem de Melo Moreira estava entre os 65 produtores pioneiros da iniciativa.

"Quem liderava era João Dutra Reis. Bernardo ALves Costa também fazia parte. Não queria que seu nome aparecesse porque era o dono do Banco Agrícola de Sete Lagoas (Posteriormente, Agrimisa). Antes mesmo da Cooperativa ter sede própria e entrar em atividade, nós já pagávamos mensalidades", relembra Moreira. Dois anos depois , foi fundada a Cooperativa Central dos Produtores Rurais, Itambé. O produtor acompanhou todos os fatos importantes da história da Cooperativa. Registava as datas em cadernetinha, que se extraviou. O hábito de anotar permanece até hoje", para manter a memória em atividade.

Rubem Moreira nasceu em 26 de setembro de 1922, na fazenda dos pais. Vargem Grande, situada no munícipio de Esmeraldas. Mais tarde, a propriedade foi dividida em vida com os filhos. "Minha família é toda de produtor", conta. Fez o primário no meio rural. Veio para Sete Lagoas concluir os estudos. Criou e estudou todos os cinco fiilhos, juntamente com a esposa Heliodéa, com os recursos provenientes da fazenda. Rodrigo e Claúdia formaram em direito, Jussara em odontologia, Valkiria em Nutrição, e Luciano em zootecnia.

Rubem riaa gado azebuado. "Na época não tinha vaca holandesa. Todo produtor tinha uma desnatadeira na fazenda. "Eu entregava creme para uma fábrica de manteiga", conta. "Meu pai, Raymundo de Melo Moreira (que também figura como um dos fundadores da Coopersete), não estudou porque nçao tinha como pagar. Ele dizia que a melhor coisa que um homem pode ter é a instituição, para se defender dos outros", relembra o produtor.

Rubem está com 92 anos. Aposentado, passou a fazenda para os filhos. Lembra que foi durante o regime militar que os ruralistas, que até então não contribuíam para uma previdênca privada, se beneficiaram de um decreto e puderam se aposentar através do Sindicato Rural. "Os militares só perseguiram aqueles que eram socialistas", acredita. Atualizado com os fatos recentes, através de leituras diárias de vários veículos de imprensa, conta que antes,  quando era estudante, a população tinha pouco conhecimento de política.